Demônios




Demônio (português europeu) ou demônio (português brasileiro) é, segundo a mitologia cristã, um anjo que se rebelou contra Deus e que passou a lutar pela perdição da humanidade. Na antiguidade, contudo, o termo tinha outra conotação, referia-se a um gênio que inspirava os indivíduos tanto para o bem quanto para o mal.

Nos contextos judaico e islâmico, a ideia é diversa, até porque não se trata de um ente opositor ao Criador, mas duma criaturas a Ele subalterna. Na cércea do primeiro contexto, refere-se a um ser imperfeito que foi formado no sexto dia da Criação. Para o segundo, os demônios, ou jiin, são seres que coexistem com os seres humanos, dotados de livre-arbítrio, que são chefiados por Iblis.

Cristianismo

Ver artigos principais: Inferno, Demonologia e Possessão demoníaca


"A Tentação de Santo Antônio", de Martin Schöngauer, retrata Santo Antônio cercado por demônios.

Na maioria das religiões cristãs, os demônios, ou espíritos imundos, são anjos caídos que foram expulsos do terceiro céu (a presença de Deus), conforme diz em (Apocalipse 12:7-9). O chefe dos demônios, Lúcifer, era um querubim da guarda ungido (Ezequiel 28 & Isaías 14:13-14), que ao desejar ser igual a Deus, foi expulso do Paraíso.

Porém, quando foi expulso do Céu, a Bíblia nos relata que Lúcifer (conhecido, depois da expulsão, como diabo e satanás, também referido em Apocalipse como dragão ou antiga serpente, fazendo uma referência ao Livro do Gênese) trouxe consigo um terço dos anjos de Deus (Apocalipse 12:4). Não encontra-se na Bíblia cristã qualquer referência ao quantitativo de anjos que acompanharam Lúcifer, mas o livro do Apocalipse diz que o número de anjos a serviço do Criador são "milhares de milhares e milhões de milhares" (Apocalipse 5:11), o que nos fornece uma breve ideia de que muitos anjos estão a serviço do querubim caído, o Satanás, ou Adversário.

Como punição à sua rebeldia, Deus preparou para Satanás e seus anjos um lago de fogo e enxofre, erroneamente chamado de inferno, visto que são lugares diferentes, onde eles devem ser atormentados por toda a eternidade, e com eles, todos aqueles que não receberam a Salvação, que é pela fé no sacrifício e ressurreição de Jesus Cristo. Todos aqueles que morrem sem crer em Jesus Cristo para arrependimento e perdão dos pecados são enviados ao Inferno, onde ficarão até o juízo final, quando então farão companhia ao diabo e, junto dele e de seus anjos, serão atormentados com fogo e enxofre por toda a eternidade.

Devido a vários motivos ou simplesmente por submissão religiosa a Satanás os demônios podem possuir alguém, assumindo inclusive o senhorio sobre o corpo desta pessoa, manipulando suas atitudes e palavras e influenciando fortemente os seus pensamentos. Para os cristãos, o único meio eficaz, utilizado pelos apóstolos, para falir a autoridade de um ou mais demônios sobre uma ou mais pessoas é o nome de Jesus Cristo, Filho de Deus, que segundo a crença cristã é o Nome sobre todo nome, inclusive dos demônios.

Cristadelfianos

Para os Cristadelfianos, os demônios na Bíblia são os deuses dos pagãos, isto é, dos não cristãos. Segundo os Cristadelfianos, os antigos gregos acreditavam que os espíritos podiam possuir pessoas e que eram os espíritos dos falecidos que tinham subido ao nível de demônios (semideuses que traziam o bem ou o mal à humanidade). Quando alguém não entendia a causa de uma enfermidade, por não haver causa aparente ou por ser uma doença do foro psicológico, eram atribuídas a demônios. Os Cristadelfianos também não acreditam que os anjos possam pecar.

Judaísmo

A tradição judaica cunhou a figura de demônio com significado totalmente diverso daquela corrente na tradição cristã. Para o primeiro, os demônios são seres meio-humano, meio-espírito, criados após o homem, podendo reproduzir-se e ser bons ou maus, mas de natureza incompleta, cujos atos tendem ao caos.

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