Reza a lenda que uma estudante de Psicologia estava no final
de seu curso, e ficou responsável por pesquisar o comportamento das pessoas nos
velórios e enterros. Primeiro, ela estudou teorias sobre este comportamento.
Mas depois, a estudante resolveu partir para a prática, visitando discretamente
velórios e enterros de estranhos. O primeiro velório foi de um senhor de idade,
que tinha sido um importante professor. Esta cerimônia foi cheia de pompas e
discursos. Porém, uma pessoa em especial chamou a atenção da estudante. Era uma
idosa de cabelos brancos, vestida de preto, com uma mantilha negra e antiga na
cabeça. A primeira vez que a estudante olhou para esta mulher, teve a ligeira
impressão de que a velhinha não tinha suas pernas e que estaria flutuando. Porém,
após olhar novamente, ela viu que suas pernas estavam lá, normais, e concluiu
que aquilo deveria ter sido fruto de uma ilusão de ótica. O segundo velório
visitado pela estudante, foi de uma criança de classe baixa, num bairro muito
popular. Esta estudante estava observando o comportamento das pessoas, quando
novamente, viu aquela estranha senhora do primeiro velório. Então, a acadêmica
resolveu olhar para a mulher com mais cuidado. Porém, a velhinha olhou em sua
direção e a estudante teve a impressão de ter visto algo como duas estrelas no
lugar dos globos oculares da mulher. A moça então pensou que isto poderia ser
uma fantasia de sua cabeça, por estar tão envolvida naquele em tais cenários de
tristeza. O terceiro velório que graduanda visitou, foi o velório de um
empresário milionário, amigo de sua família. Por ser um velório de gente
importante, só era permitida a entrada de pessoas conhecidas. A estudante
entrou, mas dentro do local ela teve uma surpresa: aquela estranha mulher
também estava lá. Sendo assim, a estudante resolveu ir ao enterro deste homem,
já que a senhora também iria. Após o enterro, a estudante decidiu seguir aquela
a mulher, que ficou algum tempo andando pelo cemitério, até que parou num
túmulo marrom. Então, a garota notou que a mulher da foto do túmulo era aquela
mesma senhora estranha, e, sem querer, soltou uma exclamação: – Ave! Assim, a
idosa olhou para trás e disse: – Ave, minha filha! Desta maneira, a estudante
falou: – Como é possível? A foto da mulher enterrada neste túmulo é a cara da
senhora! Deste jeito, a velha explicou: – Bem, isto faz sentido, porque esta
mulher que está aí enterrada, neste túmulo marrom, sou eu! Então, a garota
disse: – Isto não é possível… Só pode ser uma brincadeira, ou uma alucinação
minha… E por que a senhora visita tantos velórios e enterros? Qual é a
explicação de tudo isto? Assim, calmamente a velhinha falou:
– Eu nasci há algum tempo atrás… A minha vida foi indolente
e sem graça… Fui filha única, não me casei, não tive filhos e não trabalhei… Eu
apenas ficava vegetando em casa… Sem fazer nada, por preguiça… Quando meus pais
morreram, eu vivi tranquilamente com a pensão que eles deixaram para mim. Mas,
quando eu morri, a primeira coisa que eu vi, foi o filme da minha vida inteira:
um tremendo vazio… Em primeiro lugar, um anjo tentou me levar para o céu, mas
eles não me aceitaram lá, porque eu não tinha feito nada de útil para a
humanidade… Depois, o mesmo anjo tentou me levar para o inferno, mas o diabo
não me aceitou porque eu não era má suficiente… Após isto, o anjo me levou para
o purgatório, mas o guardião de lá não me aceitou, alegando que eu não tinha
feito nenhum pecado para purgar. Então, apareceu o chefe deste anjo, que falou
que o melhor a fazer era dar uma missão útil para mim, como colaboradora da
morte.
Assim, a estudante indagou: – E o que uma colaboradora da
morte faz?
Desta maneira, a velha respondeu:
– Uma colaboradora da morte tem uma missão parecida com a
deste anjo: quando alguém morre, ela mostra um filme da vida desta pessoa
falecida, para que ela veja e possa guiar a sua alma para lugares como: o céu,
o purgatório ou inferno.
Após escutar tudo isto, a garota, subitamente desmaiou.
Já no hospital, a jovem tentou contar a história para os
enfermeiros, e disse que estava vendo o filme da sua vida passando diante de
seus olhos. Mas antes que pudesse concluir suas palavras, a garota faleceu.
Fonte: http://ahduvido.com.br
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