O fato que vou contar, por mais incrível que pareça,
aconteceu comigo quando em minha adolescência, e foi um caso verídico, sendo
que até hoje eu não consigo explicar o que aconteceu.
Observo que não sou louca e nunca tive problemas emocionais
ou psiquiátricos, portanto o que aconteceu foi com minha plena lucidez e
consciência. Eu não imaginei tudo aquilo.
Quando em minha adolescência, eu era uma garota que não
possuía muitos amigos.
Era meu jeito. Eu não gostava muito de sair, e ficava mais
em casa lendo, assistindo filmes e estudando.
Muitos achavam estranho minha atitude, mas eu não fazia por
mal, eu gostava de ser assim.
Tudo começou quando certo dia na escola no horário do
intervalo uma garota se aproximou de mim e começou a puxar conversa.
Ela era muito simpática e se mostrou muito amiga. Ela disse
que se chamava Luiza.
Conversando, descobri que tínhamos muitas coisas em comum. Ela dizia que
também não gostava muito de sair,e ficava mais em casa fazendo atividades, como
ler livros e assistir filmes.
Devido à isso, e também à assuntos em comum, ficamos amigas,
e começamos a nos encontrar na escola e conversar quando possível.
Apesar de construirmos uma bela amizade, ela se esquivava em
me dizer onde morava. Sempre mudava de assunto.
Dizia apenas que morava perto de uma Igreja em outro bairro.
Talvez pela idade que eu tinha na época, não ligava muito
para as coisas, e nem liguei em descobrir os detalhes de onde ela morava.
Uma coisa que eu notava, é que a Luiza só conversava comigo.
Nunca a vi conversando com outras pessoas na escola, mas
como eu também era um tanto retraída, não dei muita importância para esse
comportamento dela.
O tempo foi passando, e chegaram as férias.
No último dia de aula nós nos despedimos, e nesse momento
senti uma tristeza muito grande nela.
Eu disse à ela que eu iria viajar, mas no retorno das férias
nós nos veríamos novamente e então teríamos muito o que conversar.
Então ela apenas me olhou com um olhar de despedida e foi
embora de cabeça baixa.
Eu fiquei muito triste com aquela cena. Não entendi muito bem
o porque que ela se comportou daquela forma.
Fiquei até alguns dias com aquela imagem triste da minha
amiga.
Naquele tempo nem todas as pessoas possuiam telefone, e os
celulares nem existiam no Brasil, motivo pelo qual era mais difícil as pessoas
se comunicarem, então não conversei mais com minha amiga especial durante as
férias.
Alguns dias após o início das férias, viajei com meus pais,
sendo que fomos passar algum tempo no sítio do meu avô no interior.
Lá era um lugar muito lindo e gostoso, o que fez com que o
tempo passasse rápido.
Quando menos percebi as férias já estavam acabando.
Retornamos então para casa, onde passei o restante das
férias, como sempre, lendo e assistindo alguns filmes.
Passaram-se alguns dias, e finalmente chegou o dia do
reinício das aulas. E eu não via hora de rever minha grande amiga.
Quando cheguei na escola, procurei por ela, mas não à vi na
entrada. Chegando o intervalo, também não à vi.
Então pensei que, como nem todos voltam no primeiro dia de
aula, ela poderia também ter faltado.
Mas eu também não a encontrei no segundo dia de aula, e nem
no terceiro.
Fiquei então preocupada e fui pesquisar nas salas de aula
próximas. Mas não à encontrei.
Perguntei para os outros alunos sobre minha amiga, e
perguntei se algum à tinha visto. Mas todos disseram que não conheciam ninguém
com aquela descrição.
Eu fiquei preocupada e assustada ao mesmo tempo. Então
recorri à secretaria da escola e perguntei sobre ela.
Na secretaria me perguntaram como era minha amiga. E eu a
descrevi com detalhes: "cabelos castanhos, olhos castanhos, pele branca,
etc...."
E perguntaram seu nome, e eu disse que ela se chamava Luiza.
As pessoas da secretaria perguntaram se eu tinha certeza
sobre o nome e descrição da minha amiga, e eu disse que sim.
Então eles me disseram que a única Luiza que estudava na
escola, era uma garota da 5ª série.
Eu disse que não podia ser, pois a minha amiga disse que
estudava na 7ª séria.
Fui então até a 5ª série e verifiquei eu mesma que a Luiza
de lá não era minha amiga.
Procurei, pesquisei, perguntei, mas ninguém conhecia Luiza,
minha amiga.
Eu fiquei confusa, em pânico e assustada, pois tudo indicava
que a minha amiga Luiza nunca esteve na minha escola.
Eu nunca mais vi, encontrei ou tive notícias da minha amiga,
e até hoje fico imaginando o que aconteceu, pois parece que ela nunca existiu.
Eu evito comentar isso com muitas pessoas, pois nem todos
acreditam, mas foi real e aconteceu comigo.
O que será que foi aquilo? De onde veio minha amiga Luiza e
para onde ela foi?
Hoje, com mais conhecimento e consciência, eu fico
imaginando:
Será que a minha amiga veio de outra dimensão ou de outra
época, e quando nos separamos nas férias ela voltou para o seu lugar de origem?
Acredito que nunca saberei a resposta.
Só sei que foi algo que me marcou profundamente, fazendo com
que esse fato fosse uma experiência sobrenatural em minha vida, tendo sonhos
com isso até hoje. Foi algo, conforme o site diz: "Além da Imaginação"!
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