No interior de Minas contam uma
história de um sujeito que perdeu-se em uma mata. ficou vagando por dias, sem
água ou comida. Todo maltrapilho e à beira da morte viu de longe em uma
clareira um cão que latia para ele. Por um momento pensou que fosse uma
alucinação causada pelo seu estado debilitado.
Chegando mais perto, pode ver que
se tratava de um cão de verdade que se afastava a passos lentos cada vez que o
sujeito se aproximava.
Pensou então com ele: "Se há
um cachorro aqui, devo estar perto de alguma habitação. Alguém deve morar por
perto. Vou segui-lo."
Andou na direção do animal, que
se afastava como que mostrando um caminho para o homem. Após algumas horas o
sujeito pode ver uma pequena casinha mal construída, feita de barro e palha,
onde um casal sentado à porta, conversava sobre amenidades.
Feliz e desesperado, o homem
correu na direção dos dois moradores, sentindo-se salvo.
Assustados, os dois receberam o
homem tentando entender o que havia se passado. Depois de beber um pouco d'água
e se recuperar, o sujeito contou a história, falando do cachorro que o havia
guiado pela mata até o local onde estava agora.
Entreolhando-se, os dois
moradores desconfiaram da história, dizendo que não havia nenhum cachorro pelas
redondezas. Ele, então, se propôs a levar os dois céticos ao local onde havia
visto o cachorro pela primeira vez.
Ao chegar lá, nada viram a não
ser uma cruz sobre uma cova rasa, que o morador informou tratar-se do túmulo do
filho, que havia sido assassinado por uma matilha de lobos.
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